Soneto a Iris

Os contornos da Deusa,
Encorpados naquela face!
Aquela a qual chamo princesa,
Dita o ritmo em que meu coração bate!

Bela demais,
Pra conviver entre os mortais!
Espanta-me como nenhum deus audacioso,
Ainda não viera raptá-la, em seu cavalo suntuoso!

O poeta deseja estar contigo ao lado,
Para aquecer-se com seu calor!
Que essas palavras soem como o encanto do Mago!

Intimamente ligados,
Pelas linhas do Destino,
Cupido nos quer enamorados!




Entusiasta

Musa

Tua epiderme de tão alva,
Inspira em mim volúpia!
Se saciado, encontro a calma.

Seus cabelos negros como a noite,
Dão-me uma certa nostalgia,
Igualam-se aos da princesa que idealizei um dia!

Não sei mais o que fazer para fixá-la em mim,
Além de entoar meu cântico de aço!
Pretendo antes que nosso tempo chegue ao fim,
Tê-la envolta em meu abraço!

Se tu soubesses o quanto realmente a desejo,
Do fundo do meu coração,
Viria aos meus braços ceder-me um beijo,
Nessa noite, de amor morreríamos então!

Entusiasta

Soneto de Realidade

Versos de Morte

A Morte virá a todos sem excessão.

Para dimensões metafísicas iremos indubitavelmente,

A morte é o portal deste mundo repleto de ilusão!

Mesmo os poetas se foram,

Para soprar à prole vindoura novos versos,

Deixando: a vida e seus sabores...

Para insuflar - nos novos universos!

Como pode o retorno para as estadias no além,

Ser causa de tristeza?

Morrer é a nossa verdadeira natureza,

Pois somos seres evolutivos, amém.

Entusiasta

Transcendência

Essências elementares energizam-nos!
Valem mais Os Magos, do que os ignorantes.
Que sempre caminharão às escuras, cambaleantes.
Andando no caminho do lótus supremo...
Que leva-nos à Evolução,
O que seria transcender? Além de ir ao extremo!
Pois, como nos abalar pelo inevitável?
Não hão esperanças mortas.
Os Iniciados dos seus fins... pensam: passagem ao metafísico inimaginável,
Libertar-se dessa matéria é abrir outras portas!

Danilo Reis
06/03/2010 4:44 AM

Produto do meio

Seres humanos banais!
Vivem esse sistema estuprador de vidas,
Danoso apego às coisas materiais,
Pseudo-existências, sendo vividas por inaptas personalidades,
Dá-nos nostalgia de pessoas reais,
Devemos saber com quem andamos nas cidades!
A confiança deve ser moderada,
Nossas vidas valem cada segundo,
Perguntem aos moribundos,
O valor de cada suspiro, mais nada.


14/02/2010; Danilo Reis.

Doce veneno

Brindo aos poetas do mundo!

E dedico esta ode,
Do meu corpo decomposto, imundo!
Brotará vinho d'uvas podres!
Beberão deste drinque pernicioso,
Boêmios de gerações vindouras,
Contemplando como uma bruxa à sua vassoura,
Cada trago que se converterá num verso gracioso.

Written by Ear Título> Srta. Pontual