29 de jan. de 2015
Pedaço
Tenho sentido gosto de luz
Do céu da boca.
Tenho tateado a realidade louca!
Nenhuma superiora mão me conduz.
Tenho ouvido o som de quem observa.
Entoando desejos, em tom silencioso.
Tenho tragado minhas inspirações da erva,
Para que alcance o meu gozo.
Tenho cantado aos surdos.
E revelado, antes ocultos absurdos.
Tenho bebido o ópio que dá à vida
Germinação de sementes da Dúvida.
Danilo Reis
Há poesia
A poesia está na relva orvalhada,
Nos pássaros que cantam.
A poesia está na doce amada,
E nos olhos que encantam!
Nos pássaros que cantam.
A poesia está na doce amada,
E nos olhos que encantam!
A poesia está no cume da montanha em repouso.
À espera de alguém que da escalação faça uso.
A poesia está na percepção dos raios solares.
E está incutida em nossos olhares!
À espera de alguém que da escalação faça uso.
A poesia está na percepção dos raios solares.
E está incutida em nossos olhares!
A poesia está contida na voz da libertação,
Também nas chaves que abrem calabouços.
Há poesia no silêncio que ouço.
Se há poesia, elevação!
Também nas chaves que abrem calabouços.
Há poesia no silêncio que ouço.
Se há poesia, elevação!
Danilo Reis