29 de out. de 2014

O poema

O poema é um rio em um fluxo em busca do Oceano.
Lê-lo estrofe à estrofe é como navegar à deriva.
O poema é como o corpo desnudo da musa que o poeta mordisca.
Cada curva um verso que excita!
O poema é o apocalipse em um fim de tarde qualquer.
O poema é o cálice que não cala-se e reclama o sangue!
O poema é liberdade ou cárcere, água ou vinho.
O poema é início ou fim!
Entusiasta

Poema II


Um astro desponta nos céus anis,
Sobre o crepúsculo alaranjado.
Desperto ao Ocaso como sempre quis!
Contemplo o fim deste dia que fora frizado,
Estonteio-me ao perceber as cores refletindo a poesia
No horizonte deitado!
São cores das almas nossas!
Também do Sol, que deixou seus mantos
E foi-se, para que em outro lugar possa
Secar os prantos.
Entusiasta

Haicai III


Quero-te nua!
Ao mar
E ao banho de lua.

2 de mai. de 2014

Indução poética



Alguém impele-me a usar a caneta.
Delineio visões alucinantes de poeta!
Escrevo na árvore da existência,
Epopeias que são de mim a essência!
  

De qual fonte surgirá o próximo verso?
Da voz interior que converso?
Dos reluzentes raios solares?
Ou da musa e seus olhares?

Sou Arauto do que me induz.
Mas, se não me sopram versos de luz,
Se surgem palavras mortas,
As transmuto por meio das filtrantes portas!

Quando colido com esses devaneios...
É que estou repleto de anseios!
Os remeto em suas mentes e corações!
Como ciclones de sensações!

Entusiasta