11 de dez. de 2013

Contemplação
















Deitado em minha cama,
Contemplo a mulher que me ama!
Observo os lençóis sedosos envoltos nela,
Uma visão estonteante e bela. 

O cansaço veio para adormecê-la...
Delineio o poema sob meus olhares...
Versos surgem para enaltecê-la! 

A sua pela rósea anseia pelo meu contato,
Seu corpo quer o meu cuidado,
Ajo instintivamente, mas contenho-me no ato,
Possuí-la nesse momento, seria como violar o sagrado!

Entusiasta

31 de out. de 2013

Solitude



Preciso estar sozinho.
Quando assim estou, sinto-me conectado diretamente ao universo.
Enxergo além do tempo e do espaço com os meus versos.
Liberto-me do mundo corrompido pelo egoísmo e pela falta de esperança!
Preciso estar sozinho,
Somente assim estarei pleno como uma criança.
Preciso estar sozinho,
Pois sinto-me repleto de vazio quando estou em meio às aglomerações.
Preciso estar sozinho,
Pois sinto-me melhor assim, quando estou em meio aos internos furacões!
Eles apaziguam meu ser como a brisa que desliza suave e rasga o tecido da realidade.
Preciso estar sozinho,
Só assim ouço as falas da Liberdade,
Que me invadem!

Entusiasta

22 de out. de 2013

O quarto



A chama alardeia sua luz pelo quarto,
Dançando com as sombras, me mostrando suas expressões distintas.
O vento sopra com voz brilhante pela janela, enquanto vejo figuras
As quais tentam minha sanidade!
De súbito, percebo os olhos terrificantes da escuridão...
Meu chão se enegrece em meio aos meus pés titânicos.
Como posso estar tão sereno em meio à confusão de pensamentos?
Nesse quarto... Como não me sinto sozinho?
A Razão me acompanha!
Seguro em suas mãos,
Tudo o que vejo é analisado friamente.
Paredes reluzentes, faíscas de psicodelia,
Cores me invadem mesmo sem serem visíveis aos olhos da matéria.
O culminante arco-íris me fita desacreditado de que eu possa vê-lo,
Navego à deriva pelos seus devaneios e o pinto de um azul cheio de vigor,
Nele encontro-me encarnado e completo.
Finalmente, inspiro essas sensações únicas do meu quarto.
Expiro os meus sonhos quando em torpor e vou vivendo para o resto do mundo.

Entusiasta

5 de out. de 2013

Venusiana



Seu corpo é o meu bálsamo, o qual extasia-me fortemente!
Seu cheiro leva-me às outras dimensões do prazer!
Delicio-me verdadeiramente!

Seus olhos dão-me a certeza do futuro dourado!
E mostram-me a vida, como os visionários o fazem!
O que mais posso querer, além de estar ao seu lado?
O que mais posso querer? Se juntos, nossos corações ardem!


Entusiasta

28 de set. de 2013













Com esta caneta,

Não torno-me poeta.
Mesmo que eu risque as linhas da vida.
Mesmo que eu lavre com esta caneta, palavras que serão lidas.
Sinto que o que escrevo não é meu.
Sei que as falas são do universo.
E sua manifestação foi aleatoriamente destinada para mim.

Quais caminhos terei que trilhar?
Quais serão os versos que para mim virão?
Para que eu possa ter a ciência, de que o que eu escrevo é a minha dádiva?
Se o poder da palavra foi-me destinado, finalizo esta inquietação, sem brado.

Entusiasta

Fascínio

Seu olhar diz-me palavras às quais são preciosas,
Tenho que decifrá-las em mim,
Sinto fortes palpitações amorosas!
É muito curioso você deixar-me assim.

Penso em ti como se pensa na liberdade.
Olhando os ares, sinto teu abraço.
Produzo a ti esta canção de aço.
Que enche-me de saudade!

Sua pele alva instiga-me ao amor perfeito.
Que irá encontrar-te ao sair do meu peito.
Essas palavras reservadas em meu interior, envio-as ao universo.
Dou-te toda paixão em um verso.

Idealizando seu beijo,
Invadem-me entusiasmos, desejos!
Incertezas não teem espaço entre o que sinto,
Se eu disser que não te amo, minto.

Entusiasta

Poeta voador



Estou aprendendo a voar,
Com os membros alados do destino,
Sinto-me como se estivesse deixando o desatino!

Observo ao meu lado: gaivotas e dragões,
Meu brado os dispensam.
Finalmente só, fico como os que pensam.

Planejo planar ao infinito,
Elevo-me, grito!
Vibro aos ares minhas emoções.
Querendo chegar às minhas conclusões!

Tenho os céus como casa,
Se alguém criou-me, deu-me asas!
Pretendo unificar-me ao universo!
Findo-me em poeira sideral e em verso!

Entusiasta

29 de abr. de 2013

Sina poética



Não quero deixar de buscar minhas respostas.
Do branco das folhas deste caderno,
Farei nascer um poema terno.
Abrindo em seguida muitas portas!
A viagem pelas estrofes me faz desvendar segredos.
Mandando embora sob açoites os meus medos.
Fazer poesia me leva aos elevados estados mentais!
É como se eu absorvesse os elixires astrais!

Entusiasta

15 de mar. de 2013

Devaneios




Os meus pensamentos me sufocariam,
Se eu não os dissesse aos ventos...
As minhas falas me fariam vomitar letras ensanguentadas,
Se elas não saltassem pela minha boca.

Os meus olhos cegariam,
Se eu não os desviasse das visões que tenho em meus sonhos terrificadores,

Meu coração explodiria.
Se eu não encontrasse novos amores!

Minhas mãos inquietas paralisariam para sempre.
Se eu não encontrasse em cada nova silhueta que me afeiçôo, contornos angelicais, mas libertinos.

Entusiasta

Olhos do esquecimento


Acordei e abri os olhos do esquecimento.
Os sonhos que tive na noite passada,
Não os lembro mais no momento,
Fiquei notando céu sentando na calçada.

Resolvi não se lembrar de nada,
Nem da mulher que amo,
Nem da poesia que clamo!

Acordei perdido no tempo, sem quê, nem porquê.
Senti carícias da liberdade em meu peito,
Logo, voltei e deitei em meu leito.

Analisei as verdades absolutas,
Tentei sentir as energias ocultas,
Em meio ao monte de pensamentos que a mim tinham voltado,
Matei com espadas o que me deixava preocupado!

Entusiasta

A César


Neste entardecer em que sumo em meio ao crepúsculo escarlate,
Meu remo e essas águas mansas adentram em um embate!
A natureza gritando e me entorpecendo!

O Sol no horizonte brilhando e desaparecendo!
Esses raios solares avivam minha alma.
Essas nuvens voam como anjos, sem saber pra onde vão.
Permanecerei remando até margem pra encontrar a calma!
Pois a noite vem chegando, preciso estar sereno, irmão.

Entusiasta

20 de fev. de 2013



A textura da realidade se desfaz!
Sinto mil saudades de tempos que nem sei se vivi,
Respiro a cada segundo, absorvendo a paz!
Quando eu morrer, vou pensar que não morri...
Enquadro-me nas fileiras dos incompreendidos!
Os quais todos pensam estarem perdidos..."
Entusiasta



Mesmo que o coração do poeta seja mil vezes fragmentado,
Seus pensamentos farão surgir versos enamorados,
Mesmo que a vida imponha cortes súbitos nos amores do poeta,
Do amor... Ele sempre seguirá as setas!
Os sentimentos que do seu íntimo são nascidos,
São tão lindos quanto os nasceres do sol, surgindo!
Os raios que deles emanam,
São as luzes dos que amam!

Entusiasta

Como faríamos coisas grandiosas sem usar o poder interno?!
Como superaríamos as perdas dos entes?
O nosso maior trunfo consiste em crer em nós piamente!
E não nos abalarmos com mil invernos no inferno!

Vós que leem estes versos!
Vejam os olhos do universo
Fitando seus próprios espíritos!
Procurem interpretar os mitos!

Construir pontes mentais para chegarmos aos objetivos,
Isso dará suporte,
Ate que chegue a Morte.
Ceifando aqueles que só pareciam estar vivos!
A suprema intuição, a nossa maior aliada,
Empresta-nos adagas...
Para que possamos assassinar nossos medos!


 Entusiasta